Giovani dos Santos na conquista do titulo Sul-Americano, na Arg |
A Pé de Vento, aliás, vem sendo uma ótima representante na edição do Pan nas duas últimas décadas. As primeiras medalhas vieram nos Jogos de Mar del Plata, em 1995 na Argentina, onde dois atletas treinados por Henrique Viana conquistaram o bronze: nos 10 mil metros, Luís Carlos da Silva, o Atalaia, e Ronaldo da Costa, que no ano anterior havia vencido a Corrida Internacional de São Silvestre, garantiu na maratona o importante prêmio.
Já nos Jogos de Winnipeg, no Canadá, o maratonista Éder Moreno Fialho conquistou a terceira colocação na maratona. Apesar da polêmica na prova – o corredor sentiu uma indisposição estomacal faltando 15 quilômetros para o fim –, conseguiu se recuperar bem e terminou com o bronze. Especialistas afirmaram, na época, que se não fossem as cólicas, tudo levava a crer que Moreno poderia ter assegurado o ouro.
A tão desejada medalha de ouro veio somente “em casa”, no Pan do Rio de Janeiro, que consagrou de vez o mineiro radicado em Petrópolis, Franck Caldeira de Almeida, que vivia uma excepcional fase e não decepcionou na prova que encerrou a competição multiesportiva. Em grande estilo, Caldeira cruzou a linha de chegada em primeiro lugar fechando também a melhor participação brasileira em todos os tempos dos Jogos.
Giovani embarca confiante - Um dos únicos representantes do Rio de Janeiro na delegação brasileira do atletismo, Giovani dos Santos, embarcou anteontem para o México, demonstrando muita confiança na conquista de uma medalha. Por outro lado, mesmo com o nobre sentimento, o atleta deve enfrentar dificuldades nos 10 mil metros, pelo menos na opinião de seu técnico, que prevê uma briga acirrada na sua categoria.
“ É difícil dizer se o Giovani vai ganhar medalha ou não. Na categoria dele há muitos bons atletas com chances boas, como o Marílson Gomes, por exemplo. Os americanos e os colombianos virão forte nos 10 mil metros e devem complicar as coisas. O Giovani está bem preparado. Viajou confiante e pode conseguir uma medalha”, opinou Henrique Viana, acrescentando que a especialidade da Pé de Vento no Pan sempre foi a maratona.
Para tentar trazer uma medalha para o Brasil, Giovani passou por um treinamento especial na cidade de Cochabamba, na Bolívia, onde realizou vários testes de velocidade em uma pista muito frequentada por estrangeiros. Em seguida, esteve em Petrópolis para concluir seu treinamento antes da viagem para a cidade-sede do Pan mexicano. “Sabemos que ganhar o ouro será bastante complicado, mas as chances estão aí para todos. O Giovani, certamente, está nesse grupo”, finalizou Viana.
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