sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Atletismo CBAt Repassa 2 milhões Para Atletas de Alto Nível e Medalhista no Pan.

Giovani equipe Pé de Vento - Ouro no Sul-Americano 2011.
 Fonte: 10|01|2012 - 16:03 | Da Assessoria de Imprensa da CBAt
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou nesta terça-feira 10 os Programas Nacionais CAIXA de Apoio a Atletas e Treinadores-2012. Ao todo, 153 atletas (menores, juvenis e adultos) e técnicos receberão uma ajuda financeira mensal, que somará R$ 2.086.800,00 no ano. Isso é apoio financeiro direto, pois a CBAt ainda patrocina Campings de treinamento no Brasil e no exterior em preparação aos grandes eventos internacionais.


O Programa de Apoio aos Atletas de Alto Nível reúne medalhistas e finalistas olímpicos, de mundiais de Atletismo, mundias indoor, os mais bem colocados no Ranking Mundial da IAAF, os que ganharam medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, os que tenham índices para Londres-2012 e os líderes do Ranking Nacional de 2011.


Neste grupo estão campeões como Maurren Maggi, Fabiana Murer, Keila Costa, Ana Cláudia Lemos, Fábio Gomes da Silva, Bruno Lins e Jadel Gregório, num total de 74 beneficiados.


O Programa compreende uma ajuda de custo mensal, a ser utilizada na cobertura de despesas de preparação e treinamento, abrangendo reforço de alimentação, complemento nutricional (vitaminas, etc.), equipamentos para treinamento (sapatilhas, tênis, uniformes etc.), transporte para treinamentos e ajuda para moradia.


Já o Programa Nacional CAIXA de Apoio a Corredores de Elite para o ano de 2012 tem o objetivo de apoiar a preparação de atletas na melhoria de seu nível técnico e na busca de resultados dentro do Projeto 2010/2016 da CBAt e atenderá os atletas classificados do 1º ao 10º lugares, no masculino e no feminino, na classificação final do Ranking CAIXA/CBAt de Corredores de Rua-2011, cujos campeões foram Giomar Pereira da Silva e Conceição de Maria Oliveira.


No Programa para Jovens Talentos são beneficiados atletas que tenham obtido medalhas em Mundiais de Juvenis ou de Menores e em Jogos Olímpicos da Juventude, que tenham ficado entre os mais bem colocados no Ranking da IAAF e os integrantes da equipe das Américas nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, em Cingapura. Entre os 29 atendidos estão Caio Cezar Fernandes dos Santos, Thiago Braz e Felipe Vinícius dos Santos.


Os treinadores dos atletas menores, juvenis e adultos beneficiados em todos os programas também recebem uma ajuda de custo mensal como estímulo e reconhecimento pelo trabalho realizado nos últimos dois anos. São no total 48 beneficiados.


A formatação dos Programas CAIXA de Apoio foi definida no IV Fórum Atletismo Brasil, em dezembro de 2009, que reuniu em São Paulo cerca de 200 atletas, treinadores e dirigentes.


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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Giovani o Exemplo para o Atletismo Brasileiro e Orgulho de Minas.


Conheça a história do corredor mineiro Giovani dos Santos, que superou condições totalmente adversas na vida, entre elas o alcoolismo, para ir atrás dos sonhos... e das medalhas

Texto: Élida Ramirez | Fotos: 
Cento e noventa e duas medalhas. Noventa e três troféus. Todos conquistados com muito suor em cinco anos de carreira. Tanto sucesso deixou a sala da casa do corredor mineiro Giovani dos Santos pequena. Ele mora em Natércia, no Sul de Minas. A última vitória, a medalha de bronze no Pan-Americano, em Guadalajara, uma cidade do México, em outubro deste ano, consolidou a carreira de Giovani dos Santos. Hoje, ele é o terceiro melhor do mundo na categoria profundismo. 
Mas seu caminho começou anos atrás, com muita dificuldade e sem nenhuma pretensão. Giovani era um dos sete filhos de família pobre de um município desconhecido. Na infância jogava futebol. Cresceu na zona rural, trabalhando na roça e não entendia nada de atletismo. “Na verdade, nem sabia o que era correr. Eu fui aprender depois que servi o exército e lá eu descobri que eu tinha o dom de correr”, confessa Giovani.

Giovani dos Santos, com a família: “É fundamental a gente  ter apoio em casa”
Giovani dos Santos, com a família: “É fundamental a gente ter apoio em casa”
Após cumprir suas obrigações militares, ele voltou para a zona rural de Natércia. Incentivado pelos bons resultados nas corridas, passou a treinar por conta própria. Nessa época, Giovani trabalhava na colheita de café. E depois de oito horas de trabalho na plantação, ele trocava de roupa, corria em busca de um sonho.
As condições de treinamento eram improvisadas por causa da estrada de terra, dos morros, da falta de tênis e de roupas apropriadas. E quando chovia, não passava ninguém. Só Giovani que arregaçava as mangas e consertava a estrada para correr.  “Na época de chuva, eu pegava a enxada e vinha fazendo as valetas pra água sair, pra não fazer muito buraco onde eu treinava porque isso aumentava as chances de eu me machucar. Arrumava o caminho e seguia.” A rodovia era uma outra opção de local para treinamento, mas também oferecia riscos. Giovani explica preocupado: “É que o chão não dá aderência igual as pistas que também não têm acostamento. Então, precisa dividir  espaço com carros, caminhões, bois e cavalos.”
Medalhas: são 192, além dos 93 trófeus
Medalhas: são 192, além dos 93 trófeus
Além do preparo físico improvisado, Giovani encontrou um outro obstáculo. Esse, ainda mais complicado de superar: o abuso de álcool. “O pessoal da colheita, geralmente, bebia mais no fim de semana, né? A gente aproveitava pra descansar e tomar uns goles. E eu nunca sabia a hora de parar”, confessa. A irmã mais velha de Giovani, Ana Marta dos Santos, conta que o exagero na bebida atrapalhava a vida em família. “A bebida não fazia bem pra ele. Porque bebia e se transformava. Não sei o que passava por sua cabeça, mas ele queria quebrar tudo”, relembra com tristeza. Até os amigos se preocupavam. Leonardo Barreto da Silva, que cresceu com Giovani, fala das farras regadas a álcool.“A gente tomava muita cerveja junto. Ele ainda bebia cachaça e não tinha limite. Permanecia bebendo, caía, treinava mal no dia seguinte. Isso até os 25 anos.” Giovani reconhece que a bebida atrapalhava seu desempenho profissional e pessoal: “Às vezes eu corria de ressaca, nem comemorava nada e ia para o bar beber cerveja.” O corredor se viu numa encruzilhada e precisava escolher o caminho. Ele fala que foi tocado por uma luz divina que deu a ele condições de parar de beber sem nenhum tratamento: “Toda vez que me dava vontade eu corria. Com um foco: vencer o Pan”.
Casa onde o atleta mora na zona rural de Natércia
Casa onde o atleta mora na zona rural de Natércia
Determinação, fé, superação. Giovani conquistou reconhecimento mundial. Na cidade natal é herói. A professora aposentada Paulina Orse fala da importância social das vitórias de Giovani. “Ele pode ser referência fazendo do esporte uma porta à prevenção do abuso de álcool e drogas. E mais, Giovani plantou no coração, especialmente das crianças, uma semente de sonho e esperança. Ele é um exemplo.” O secretário de Esportes de Natércia, Silviano Abreu, concorda com Paulina e diz que pretende desenvolver projetos de esporte na cidade. 
Na família, os tempos de crise no casamento por causa do álcool  ficaram no passado. Uma prova é o orgulho da esposa, Camila dos Santos.“Antes era assim, quando ele chegava do cafezal e da corrida não tinha tempo pra mim porque ia para o bar.  Mas, mesmo quando a gente brigava e faltava comida, eu nunca deixei de acreditar nele. Meu marido é batalhador, lutou demais pra chegar até o lugar que chegou. Ele passou por muitas dificuldades e venceu, graças a Deus.”
Giovani dos Santos na lavoura de café, onde trabalhava quando começou a correr
Giovani dos Santos na lavoura de café, onde trabalhava quando começou a correr
A filha do atleta, Giovana, não desgruda de Giovani. “Agora, eu me sinto orgulhosa desse pai que eu tenho.” Para outra irmã, Maria Marta dos Santos, ele conseguiu o que ninguém esperava. “Essa quantidade de medalhas na parede só tem sentido porque  hoje vive tranquilo e sem bebida. Eu sou mais velha que ele, mas aprendi que não há limites quando uma pessoa quer vencer. Quem diria que um peão de cafezal subiria no pódio para ser premiado em uma competição internacional? Ver o seu sucesso renova minha coragem, meus sonhos”, diz. 
Giovani bate no peito e reforça que seu maior desafio, a sobriedade, foi alcançada e que o amor de todos ajuda a mantê-lo fortalecido. “É fundamental a gente ter um apoio desse em casa. É combustível para carreira e a prosperidade da gente. E o meu recado para todos que têm um sonho, qualquer que seja: lutem por ele, acreditem em suas habilidades, usem suas limitações a seu favor. Reunam todas as forças. Se tudo parecer estar dando errado, recomecem de outra forma. Não desistam. Porque é possível vencer.” 


Fonte http://www.revistaviverbrasil.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2012

Giovani dos Santo, Atleta da Pé de Vento Melhor Brasileiro na Corrida de Reis Cuiabá MT.

Por Dhiego Maia e Leandro J. Nascimento
Cuiabá

Giovani foi o brasileiro mais bem colocado na Corrida de Reis (Foto: Leandro J. Nascimento)
Giovani foi o brasileiro mais bem colocado na
Corrida de Reis (Foto: Leandro J. Nascimento)

A esperança se concretizou. O atleta Giovani dos Santos, da equipe Pé de Vento, 9º lugar na última edição da Corrida de São Silvestre, se sagrou neste domingo o brasileiro mais bem colocado na 28ª edição da Corrida de Reis, em Cuiabá, ao conquistar o 3º lugar na competição. Ele chegou 10 segundos atrás do segundo colocado, o queniano Barnabas Kosgei, que marcou 30min25seg. O mineiro disse que o resultado compensou.
- Graças a Deus eu fiz uma prova feliz. Foi muito difícil correr aqui porque estou numa fase de transição nos treinamentos em percursos de subidas e descidas. Não me preparei para a prova, mas mesmo assim garanti a terceira colocação – afirmou.
Ainda segundo o atleta, na fase de transição, o treinamento é realizado de forma bastante reduzida. Depois de ter encarado a São Silvestre, em São Paulo, o mineiro participou da Corrida de Reis sem se recuperar do desgaste provocado na prova paulista.
Giovani dos Santos é mineiro de Natércia, treina na equipe Pé de Vento, o seu treinador é Dr. Henrique Viana, o mesmo treinador de Damião Ancelmo, além das duas principais estrelas do atletismo brasileiro, Dr. Henrique treina mais 35 atletas de diversas parte do Pais, Pé de Vento hoje é uma das maiores equipe de corrida de rua do Brasil. www.pedevento.org.br
Ao longo dos 10 Km, brasileiros e quenianos travaram uma disputa acirrada pelo pódio. Mas a resistência dos corredores da casa não conseguiu superar o desempenho e hegemonia dos atletas do país africano, que levaram a melhor e garantiram a dobradinha no pódio.
- Briguei [pela vitória], mas no km 06 perdi, pois estava em segundo lugar - pontuou o mineiro.
Na avaliação do atleta, o calor não atrapalhou. O primeiro lugar só não veio porque na subida do percurso, ele não conseguiu manter o mesmo ritmo da largada.
- Faltou um pouco mais de força para superar os quenianos na subida – relatou.
Pódio
A Corrida de Reis abre o calendário de provas no país em 2012. No ano passado, o último compromisso de Giovani foi a Corrida de São Silvestre, onde foi o nono colocado. A também brasileira Sueli Aparecida da Silva, garantiu para o Brasil o melhor desempenho no pódio feminino. Ela foi a terceira colocada, atrás das quenianas Eunice Kirwa e Nancy Kipron. O próximo desafio da competidora é a maratona de São Paulo, marcada para este primeiro trimestre.
XXVIII Corrida de Reis janeiro pódio  (Foto: Leandro J. Nascimento/ Globoesporte.com)Giovani, na 3ª colocação, divide pódio com quenianos e mais dois brasileiros (Foto: Leandro J. Nascimento/ Globoesporte.com)

Resultados da corrida

Masculino
 
1º) Mark Korir (Quênia) - 30:03
2º) Barnabas Kosgei (Quênia) - 30:25
3º) Giovani dos Santos (Brasil) - 30:35
4º) João Ferreira de Lima (Brasil) - 31:11
5º) Cosme Ancelmo  (Brasil) - 31:38

Feminino
1ª) Eunice Kirwa (Quênia) - 34:35
2ª) Nancy Kipron (Quênia) - 35:27
3ª) Sueli Pereira da Silva (Brasil) - 36:30
4ª) Poliana Borges (Brasil) - 38:55
5ª) Maria de Nazaré Silva (Brasil) - 44:17