O domingo amanheceu nublado e com vento frio, mas São Pedro foi generoso com os cerca de 32 mil corredores que marcaram presença no evento e não mandou chuva. Às 7h foi dada a largada na Avenida Pedro Álvares Cabral, em frente ao Obelisco, momento em que os termômetros registravam 13ºC.
Composta por nomes de peso do atletismo nacional, como Marílson Gomes e Hudson de Souza, a equipe Pão de Açúcar abriu vantagem logo no trecho inicial e não deu chances aos adversários. A diferença de performance para as outras equipes era tão grande, que a segunda colocada (Pindamonhangaba) chegou quase nove minutos depois, ao marcar 2h18min10. A terceira foi a Marcorrer, com 2h22min05.
“Esse ano foi mais tranquilo, pois não tivemos as disputas fortes que acontecem todo ano. Mesmo assim fizemos um tempo bom”, conta Marílson que na última quarta-feira (15/09) venceu os 10 mil metros do Troféu Brasil de Atletismo. “Foi uma semana literalmente corrida, com prova de pista, de rua e mudança de clima em São Paulo”, completa o fundista.
Já para Hudson de Souza, que fechou o revezamento para a equipe campeã, o resultado reflete o entrosamento do grupo. “Logo de cara o Marílson abriu mais de um minuto e nós só aumentamos a diferença”, conta o corredor que é especialista em 1.500m e 3.000m com obstáculos. “Fiz uma preparação boa para o Troféu Brasil e o meu volume de treinamento me deu condições de correr bem um trecho da maratona”, salienta.
Com o domínio da equipe anfitriã, sobrou para os demais times a briga pelas demais posições do pódio. “Fomos a São Paulo pensando em no máximo ficar em terceiro lugar, ficamos muito felizes com o segundo", conta Emersom Iser Bem, treinador de Pindamonhangaba que faz uma importante constatação. "Em relação à diferença de tempo da nossa equipe para a primeira, gostaria de observar o fato lamentável dos organizadores não colocar motos para abrir caminho para as demais equipes, apenas para a equipe do Pão de Açúcar".
Ele conta ainda que a partir do quarto atleta a Pindamonhangaba tinha que correr em meio à multidão, ao contrário dos campeões, que tinham pistas livres. "Com o auxilio de uma moto abrindo caminho, certamente a diferença de tempo seria menor. O curioso é que em edições anteriores quando é a equipe deles que esta atrás, aí sim, tem uma motos para abrir o caminho para a segunda equipe".
Já César Augusto Martins, da Marcorrer, lembra que a briga durante os postos de troca foi intensa com a equipe dos Correios, que chegou na quarta colocação. “Já viemos várias vezes e foi a primeira vez que conseguimos o terceiro lugar. Todo mundo conseguiu correr muito bem e no último trecho chegamos à frente deles”.
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