sábado, 3 de março de 2018

Atletismo Almir Junior é Prata no Mundial Indoor

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Almir em Birmingham (Anderson Rosa/CBAt)

02|03|2018 - 13:25 | Assessoria de Imprensa da CBAt
EloAtle - O mato-grossense Almir Cunha dos Santos, o Almir Junior, conquistou neste sábado (dia 3) a medalha de prata no salto triplo do Campeonato Mundial de Atletismo Indoor, na Barclaycard Arena, em Birmingham, na Grã-Bretanha. Foi a primeira medalha brasileira na competição e a 16ª em toda a história dos Mundiais em Pista Coberta.


Com pouco mais de um ano de salto triplo - antes fazia o salto em altura -, Almir chega ao melhor resultado da carreira. Ele foi vice-campeão, com a marca de 17,41 m. Ele só foi superado pelo norte-americano Will Claye, ganhador do ouro, com 17,43 m, novo líder do Ranking Mundial, lugar que era ocupado por Almir, com 17,37 m. O português Nelson Évora, campeão olímpico de Pequim 2008, ficou com o bronze, com 17,40 m.

O saltador da Sogipa fez novamente uma prova consistente e nem a gripe forte que pegou em Porto Alegre (RS), antes da viagem para a Grã-Bretanha, comprometeu seu desempenho. Ele queimou dois dos seis saltos a que teve direito, mas teve a regularidade demonstrada nos meetings disputados nos Estados Unidos e Europa, com duas marcas acima de 17 m: 17,22 m na segunda tentativa e 17,41 m na quinta.

Com a bandeira do Brasil nas costas, ele mostrou-se extremamente feliz com a conquista da medalha, ao passar pela zona mista e conversar com a reportagem da SporTV. "Dei o meu melhor e realizei um sonho. Competir com esses caras é muito especial. São eles que estudo nos vídeos e vejo saltar", contou o brasileiro. "Entrei na prova com a cabeça tranquila e fiz o que consegui treinar", prosseguiu.

O bom resultado de Almir é uma esperança para o prosseguimento da grande história brasileira no salto triplo, iniciada nos anos 1950 por Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico e autor de cinco recordes mundiais.

"Entrar nessa prova nunca foi um peso. Ao contrário, sempre foi uma motivação. É muito bom defender uma história, que deu tantas glórias ao Brasil", comentou.

Almir vai receber a sua medalha de prata neste domingo (4), às 14:45 de Brasília, na Barclaycard Arena.

Nas eliminatórias dos 60 m com barreiras, o carioca Gabriel Oliveira Constantino classificou-se para as semifinais deste domingo (4), a partir das 12:05 de Brasília, ao terminar em quarto lugar na série 3, com o tempo de 7.72. Embora não tenha alcançado o objetivo de correr abaixo dos 7.60, Gabriel estava feliz. "Vou falar com meu treinador e tentar corrigir meus erros. Falhei na segunda barreira, o que comprometeu meu resultado", lembrou o atleta, em entrevista dada ao SporTV. 

Gabriel é treinado por Renan da Mota Valdiero, que faz parte da delegação brasileira em Birmingham. No Desafio Brasil Caixa Indoor, realizado no dia 17 de fevereiro, em São Caetano do Sul (SP), ele igualou o recorde brasileiro e sul-americano em pista coberta, com 7.60.

Neste domingo, no último dia do Mundial Indoor de Atletismo, uma das grandes atrações é a final do salto com vara, que tem a participação do campeão olímpico Thiago Braz da Silva. A prova está marcada para o meio-dia no horário de Brasília e terá transmissão pelo SporTV 2.

Os melhores atletas da temporada 2018 estão confirmados, o que deixa a expectativa de grande competitividade na briga pelo pódio. Thiago Braz entra no Mundial com a quarta melhor marca do Ranking Mundial, com 5,90 m, obtidos em Rouen, na França, no início de fevereiro.

O presidente da CBAt, Toninho Fernandes, comemorou o resultado de Almir: "O Almir fez muito bem sua parte, concorrendo com seriedade e levando o Brasil ao pódio."

Por sua vez, o vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho lembrou que "Almir é um herdeiro legítimo da melhor tradição brasileira no triplo".

O Brasil disputa o Mundial Indoor 2018 com recursos do Programa CAIXA de Seleções, da CBAt.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Atletismo Mundial Indoor neste sábado

02|03|2018 - 13:25 | Assessoria de Imprensa da CBAt

Almir em Birmingham (Anderson Rosa/CBAt)
EloAtle - Três brasileiros participam de provas finais neste sábado (dia 3), no terceiro dia do Campeonato Mundial de Atletismo Indoor, que está sendo disputado na Barclaycard Arena, em Birmingham, na Grã-Bretanha. Almir Junior compete no salto triplo, Nubia Soares faz o triplo feminino e Darlan Romani disputa o arremesso do peso.


Além das finais, mais um brasileiro está inscrito nas provas deste sábado: Gabriel Constantino participa da preliminar dos 60 m com barreiras. Ele está na série 2, prevista para as 15:44 (horário de Brasília).

O mato-grossense Almir Cunha dos Santos, o Almir Junior, entra na final do triplo, às 16:08 de Brasília, com as duas melhores marcas do Ranking Mundial em Pista Coberta de 2018. Ele saltou 17,35 m, em Madri, na Espanha, no dia 8 de fevereiro, e cinco dias depois 17,37 m em Liévin, na França.

"Gostei da minha regularidade. Foram vários saltos acima dos 17 m, desde minha participação em meetings nos Estados Unidos. Enfrentei meus principais adversários do Mundial e acho que já passou a tensão inicial, de um atleta inexperiente na prova", comentou Almir. "Quero entrar na pista concentrado e acertar o meu melhor salto", concluiu.

Nascido em Matupá, Almir começou no Atletismo na cidade Peixoto Gomide, onde viveu desde os primeiros dias de vida. Foi lá que começou a treinar com o professor Elves Santos de Pinho. Depois passou a treinar na Sogipa (RS), sempre no salto em altura. Só começou no triplo no ano passado, aos 23 anos. É treinado por José Haroldo Loureiro Gomes, o Arataca.

A primeira finalista a participar neste sábado é a mineira Nubia Soares, às 08 horas de Brasília. Quarta colocada no Ranking Mundial ao ar livre de 2017 com 14,56 m (0.8), ele ficou fora do Mundial de Londres por causa de uma contusão no pé. Voltou este ano aos treinos, e mesmo abalada com a morte de seu técnico, Aristides Junqueira, venceu o Torneio FPA, em São Bernardo do Campo (SP), com 13,97 m (0.9). "Estou bem. É torcer para encaixar bons saltos", disse a atleta, que está treinando com Paulo Junqueira, filho de Aristides.

Já o catarinense Darlan Romani, sempre cauteloso, admite estar confiante para a disputa da final, a partir das 08:57 de Brasília. Afinal, ele disputou duas competições em 2018 e em ambas conseguiu mais de 21 m (no Desafio Brasil Caixa Indoor, venceu com 21,68 m). O resultado é a segunda melhor marca do mundo no Ranking Mundial da IAAF de 2018 ao ar livre, ficando atrás somente dos 21,87 m do neozelandês Tomas Wash. "Claro que dá mais confiança, mas a competição será duríssima e exigirá muito para um bom resultado", disse o recordista sul-americano (21,82 m), orientado pelo especialista cubano Justo Navarro.

Rosangela e Vitória - Rosangela Santos e Vitória Rosa não passaram para as semifinais dos 60 m, na manhã desta sexta-feira (dia 2). Rosangela correu na série 2, ficou em 4º lugar, com 7.32, e terminou em 24º na classificação geral. Marie-Josée Ta Lou, da Costa do Marfim, foi a primeira colocada, com 7.17, seguida de Elaine Thompson, da Jamaica, com 7.20, e de Anna Kielbasinsha, da Polônia, com 7.23.

Na série 5, Vitória ficou em 5º, com 7.39, terminando em 33ª na geral. Os resultados foram fortes, com vitória de Murielle Ahouré, da Costa do Marfim (7.12), seguida britânica Asha Philip (7.18) e da norte-americana Destiny Carter (7.24).

O Brasil disputa o Mundial Indoor 2018 com recursos do Programa CAIXA de Seleções, da CBAt.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Paula Radcliffe, a inglesa voadora e recordista mundial

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Paula Jane Radcliffe nasceu dia 17 de dezembro de 1973 e é mais conhecida como uma corredora de longa distância inglesa. Ela venceu as maratonas de Londres (2002, 2003, 2005) e Nova York (2004, 2007, 2008), além de ter conquistado o lugar mais alto do pódio também maratona de Chicago em 2002. Um de seus maiores feitos é o recorde mundial feminino na maratona, que já dura 15 anos (2002-presente). Paula, é uma ex-campeã mundial na maratona, meia maratona e cross country.

Sua família se mudou para Barnton logo depois que ela nasceu, lá frequentou a Escola Primária Little Leigh. Apesar de sofrer de asma e anemia, começou a correr aos sete anos de idade, influenciada por seu pai, um atleta amador.  Quando Paula tinha 12 anos, a família mudou-se para Oakley, onde a corredora passou a ser membro do Bedford & County Athletics Club (um dos principais clubes de atletismo no sul e leste da Inglaterra). Ela se juntou ao clube e conheceu Alex Stanton, um treinador talentoso e dedicado.
Seu pai passou a ser vice-presidente do clube e a mãe, conseguiu treinar a equipe feminina de cross-country. A primeira corrida da atleta, a nível nacional, aconteceu aos 12 anos em 1986, quando conseguiu o 299º lugar entre cerca de 600 outras meninas, na corrida feminina de um Campeonatos de Cross Country de Escolas de Inglês. Ela terminou em quarto lugar na mesma corrida um ano depois.
Em 2002 correu seus primeiros 42 km e conquistou o lugar mais alto do pódio, logo em sua estreia, na Maratona de Londres, com o tempo de 2h18min55. Seu tempo foi o segundo mais rápido na história da maratona feminina atrás apenas do recorde mundial de 2h18min47, estabelecido por Catherine Ndereba, do Quênia, em Chicago. Mais tarde, naquele mesmo ano, Paula estabeleceu o recorde mundial de 2h17min18, na Maratona de Chicago em 13 de outubro de 2002.
Mais tarde, em 2003, se tornou a personalidade do esporte eleita pela BBC, tornando-a a primeira mulher em mais de uma década a ser homenageada pelo prêmio. Paula agradeceu ao marido Gary Lough, ao treinador Alex Stanton e ao fisioterapeuta, Gerard Hartmann. Neste ano, em Londres, ela estabeleceu o novo recorde feminino em uma maratona com a ajuda de pacemaker (2h15min25).
A corredora não competiu na Maratona de Londres em 2004, mas foi a favorita para ganhar uma medalha de ouro  nos Jogos Olímpicos de Atenas. No entanto, sofreu uma lesão na perna apenas duas semanas antes do evento e teve que usar uma dose elevada de medicamentos anti-inflamatórios. Isso teve um efeito adverso em seu estômago , dificultando a absorção de alimentos. Acabou se retirando da corrida depois do quilômetro 36.
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Texto de Gabriel Gameiro
Estudante de jornalismo, que caiu no mundo dos esportes por acidente e com o tempo aprendeu a amar. Gosta do que faz e apesar de ainda não ser um corredor ama fazer spinning e cobrir corridas.